segunda-feira, 24 de agosto de 2015

COLOCANDO PONTOS FINAIS....



       
O aconteceria se na primeira crise que você teve sobre a grande mudança na sua carreira profissional, eu tivesse aberto mão de nós dois?
A primeira resposta que me ocorre é que eu tinha tanto medo de te perder e acabei perdendo algo muito mais importante... EU MESMA.
Você se mostrava tão inseguro que por amor eu te dei a minha segurança. Veja só, eu que sempre me orgulhei de ser segura, confiante e independente estava ali, entregando tudo isso de bandeja pra tentar te segurar e te manter junto de mim.
A segurança que eu tentei te dar se perdeu... você não soube usá-la e eu? Bom eu não consegui pegá-la de volta. A partir daí vivi momentos dolorosos e todas as vezes que tentei te mostrar você parecia prestes a sair correndo o que para mim significava uma dor mil vezes maior, e eu decidi parar de te mostrar.
Será que olhando para essa época você consegue perceber o quanto nos perdemos um do outro? O quanto os momentos épicos, mágicos e que sempre foram nossa marca registrada se tornaram cada vez mais raros?
Não, eu também não conseguia ver isso com essa nitidez lá trás. O pouco que eu via ficava ofuscado pelo amor e a obsessão de ter você pra mim.
Hoje eu acredito que deste ponto em diante começamos a construir nosso fim. Um fim que poderia ter sido como a redução gradativa de um medicamento que ilusoriamente nos mantem vivos. Sim, essa redução leva um tempo, tempo esse que tivemos e não soubemos aproveitar.
O fim chegou, adiado por nosso medo de abrir mão do amor, de uma linda história de amor. E não é que você tentou (eu acredito que inconscientemente) usar a tática da redução da medicação, mas aí o tempo já não foi suficiente e tivemos uma bela crise de abstinência e aqui preciso confessar que a minha durou um tanto mais que a sua!!! Mas PASSOU.
E então posso finalmente te dizer que um fim forçado dói pra caramba, mas também pode ser libertador!!!!


 JULIA FERRARI S.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Meio a meio... o importante é SER




Em um dia qualquer me perguntaram o que eu iria almoçar. “Sorvete”, respondi, porque estava calor, sem fome e queria almoçar sorvete. Além de receber um olhar mais gelado que o sorvete que eu pretendia comer , ainda me falaram que eu não poderia fazer isso porque não era mais criança. Dei de ombros e fui almoçar meu sorvete. Tenho vinte e cinco anos e almoço sorvete de vez em quando. Também jogo video game até a madrugada, canto músicas bregas usando o controle remoto como microfone, assisto bob esponja, dou risada até a barriga doer, deito na grama e imagino desenho nas nuvens, choro sempre que me emociono, minha pasta de dente favorita é Tandy de morango e peço para a minha mãe me cobrir antes de dormir, quando posso dormir na casa dela,. Tenho vinte e cinco anos e moro sozinha desde os dezoito, tenho um emprego fixo, pago minhas contas, dirijo a moto que mantenho com o suor do meu emprego, compro minhas próprias roupas, vou ao banco, leio jornais, converso sobre política, futebol e sexo. 

Sou então uma mulher de vinte e cinco anos. Mas gosto de ser uma criança de vinte e cinco também, por que não? O fato de eu querer almoçar sorvete quando me da na telha me infantiliza? Existe algum tipo de manual que tenho que seguir para ser adulta e que me impede de comer a sobremesa primeiro se eu quiser? 

Idade é estado de espírito – conheço crianças de trinta, adultos de vinte. Idade é também a soma das nossas experiências, e não somente o nosso cardápio do almoço ou os tipos de conversa que a gente tem. Nesse mundo caótico, que temos que ser sérios o tempo todo, tomar decisões difíceis, abandonar e ser abandonados, ferir e ser feridos, que a gente possa também deixar um espaço aberto para a criança que a gente carrega dentro de nós brincar sem sentir nenhuma vergonha. Escolher assistir o desenho ao invés daquele filme cult não te deixa menos adulto. Passar a folga assistindo sessão da tarde não vai te deixar menos sério. Liberar a sua criança interior não é o mesmo que se tornar infantil – existe uma enorme diferença entre tornar-se adulto e amadurecer – e não é um número que te deixa mais maduro, são as suas atitudes.

Tenho conhecimento que tenho muito, muito o que amadurecer ainda. Você também, afinal a vida é uma eterna aprendizagem, aquele que se acha dono de si, que pensa ter alcançado a plenitude de sua vida adulta é o que mais tem a aprender – e tal qual uma criança, pode começar a aprender a não julgar os outros por suas escolhas. 

Almocei meu sorvete feliz da vida, e ainda mais contente porque pedi ajuda para tomar uma decisão muito importante naquele dia: Na minha dúvida entre morango e chocolate, o menininho do meu lado falou para eu experimentar o de chicletes, que tinha uma cor engraçada. Segui seu conselho, adicionei um sabor novo para meu repertório de sorvetes e tive uma tarde muito mais alegre para resolver meus problemas de adulta. Já aquele que me repreendeu pela minha escolha indevida de almoço passou a tarde se lamuriando de seu almoço low carb, tal qual, veja só, um bebê chorão.

CRISTINA SOUZA

terça-feira, 14 de abril de 2015

Seria, mas você perdeu….

 

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Você perdeu a menina que viajaria de ônibus pra te encontrar em outra cidade – enfrentando horas de viagem, que depositaria todas as fichas só pra que esse amor que ela sentia por você desse certo. Uma menina que se molharia na chuva só pra te dar um pouco mais de espaço debaixo do guarda-chuva, que estaria disposta a te acalmar em um abraço, a cuidar de você como sempre quis ser cuidada. Uma menina que, outro dia, depois de mais um engano, disse que definitivamente daria um tempo pro amor, e então te encontrou e a promessa não fez mais sentido. menina que, ao se despedir de você, passaria um tempo pedindo pra que você chegasse em casa bem e só dormiria tranquila ao ouvir a tua voz dizendo: Já cheguei amor.

Você perdeu a menina que levaria remédio na bolsa porque antes de sair de casa você deduziu que talvez fosse ficar gripado. Você perdeu a menina que nunca teve medo de cortar o cabelo, nunca teve receio de mergulhar de corpo inteiro, que trocaria o vinho francês por uma cerveja, que sussurraria em teus ouvidos no silêncio do quarto e vestiria a sua camiseta como roupa de dormir. Ela iria topar passar um fim de semana na fazenda com você, tomar banho no rio, andar a cavalo e fazer amor em lugares inusitados, que iria te deixar tranquilo e te ensinaria a não ligar tanto pro que os outros pensam. Ela iria te encorajar a finalmente ir na montanha russa. Mais do que sua parceria, ela seria sua companhia, seu conforto nos dias difíceis e sua morada.

Você perdeu a menina que iria sorrir de você, com você e pra você. E mesmo que as coisas não dessem certo, ela estaria com você no final do dia. Talvez, o seu medo foi perceber que ela não faria tudo por você, que não viveria só pra você e nem atenderia todos os seus caprichos, porque no final das contas, ela não estaria sendo ela e quando percebesse a tamanha burrice que é viver a vida do outro e esquecer da própria vida, ela deixaria de te completar, porque tudo o que ela pretendia, na verdade, era somar. Ela iria te enxergar lentamente enquanto todas as outras pessoas te enxergariam rápido demais. Ela encostaria o seu mundo ao teu, esqueceria CD's, brincos, pulseiras e sandálias na sua casa só pra depois ter motivos pra voltar. Ela te beijaria a testa com ternura, te roubaria vários beijos, você estando acordado ou dormindo. Ela te faria cafuné mesmo sabendo que você odeia que bagunce o seu cabelo, apertaria as suas bochechas e a sua bunda de vez em quanto só pra ver você olhar com uma cara abusada pra ela. Ela seria o teu melhor sorriso ao acordar pra um café da manhã com pão francês, iogurte e cereais. Ela iria comprar flan de baunilha só por saber que era seu preferido. Ela iria te olhar de todos os ângulos, aceitar os teus defeitos internos e os físicos também. Ela iria sustentar o mundo com um só sorriso, te faria esquecer os problemas com um só olhar, nem que fosse enquanto estivesse ao lado dela.

Você perdeu a menina que iria se despojar no teu sofá, que te doaria o colo, te olharia com tamanha doçura, deixaria a escova de dentes ao lado da tua e quando você menos esperasse, iria te surpreender no almoço do sábado com um receita que aprendeu no Youtube. Você perdeu a menina que te faria perceber o quanto teu mundo mudou pra melhor desde que ela resolveu entrar. Você perdeu a menina da sua vida.

 

IANDÊ ALBUQUERQUE

domingo, 12 de abril de 2015

Uma coisa é fato, o tempo muda tudo de lugar…

 

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Não se pode apostar no futuro, principalmente em relação às pessoas, simplesmente porque o tempo traz com ele muitas coisas, e também leva muitas outras embora. Talvez aquela coisa que você mais amava em alguém se desfaça com o passar dos anos, e talvez esses mesmos anos tragam a essa pessoa características que já não são mais tão interessantes assim pra você.

Uma coisa é fato, o tempo muda tudo de lugar. Claro que às vezes ele acerta as coisas pra melhor, e eu não estou dizendo que essas histórias maravilhosas de pessoas que se amam, se perdem, se encontram depois de anos e conseguem fazer aquele amor acontecer são impossíveis. Eu tenho um exemplo vivo disso dentro de casa. Minha mãe e meu padrasto se apaixonaram na juventude, mas não funcionou naquela época, então ele acabou se casando com outra pessoa e minha mãe se casou com meu pai. Mas trinta anos (sim TRINTA ANOS) se passaram, e depois de divorciados eles se encontraram no facebook. Hoje em dia os dois estão ai, namorando, apaixonados e felizes. É lindo, eu sei, mas a história deles é uma em um milhão, e eu sou realista o suficiente pra saber e entender que não é o meu caso, pelo menos não dessa vez.

Os anos que se passaram depois que terminamos levaram embora coisas dele que eu admirava e trouxeram coisas que definitivamente não são pra mim. Assim como, muito provavelmente, esses mesmos anos fizeram o mesmo comigo. Aquelas pessoas que um dia foram tão compatíveis que chegavam a ser paradas por estranhos na rua para dizerem o quanto eles formavam um casal lindo, hoje em dia vivem em galáxias completamente diferentes. Porque pra mim não funciona isso de colocar amores, pessoas e situações no standby, esperando o momento certo ou a maturidade chegar. A vida (feliz ou infelizmente) não é um filme do Richard Linklater ou um livro da Jane Austen. Os relacionamentos estão mais para uma comida na geladeira, que depois de certo tempo começa a se transformar, se deteriorar, até não sobrar nada do que era no começo. Cada um de nós é um como um dado e para dois caírem em um mesmo número, no mesmo momento, mais de uma vez, é preciso de muito mais do que sorte. E eu sabia que esse não era o caso.

THAIS DUARTE

quinta-feira, 26 de março de 2015

Sem sair do lugar

 

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De todas as coisas que poderíamos ter sido, acabamos sendo nada. Paramos no meio do caminho como se a gasolina tivesse acabado e ficamos ali, sem saber o que fazer. Quem sabe o tempo passe e deixaremos de ser só metade de uma poesia. Talvez terminaríamos igual muitos amores por aí que acabam, ou realizaríamos nossos planos engavetados. Eu só não quero nosso amor inacabado, por favor.

Preciso de um abraço daqueles de deixar seu cheiro doce em mim, uma carta de despedida com seu “eu te amo” rabiscado de um jeito trêmulo. Um beijo apaixonado. Qualquer coisa que simbolize um ponto final onde ficou a virgula que tanto me atormenta.

É covardia da minha parte te cobrar algo tão desesperado, quando eu mesma deveria pôr esse ponto. Deveria colocar a gasolina no meu próprio carro e seguir viagem. Só me diz, me tira essa dúvida cruel, onde é que eu compro a coragem para dirigir por aí sem você do meu lado? Como faço para não olhar pelo retrovisor enquanto vou e nossa história fica?

Onde guardo toda aquela bagagem de lembranças e risadas que transborda do meu porta malas? Deixaria tudo aqui, se não fosse egoísmo demais deixar todo esse fardo pra você suportar sozinho.

Pois eu sei que isso tudo pesa pra você também. Vive dizendo que não quer ponto final, mas essa nossa vírgula te arranha no meio da madrugada. Fingimos que não sentimos nada, que não dói, e nos cegamos para o fato de que, enquanto não arrumarmos fôlego para seguir o resto da estrada sozinhos, continuaremos sem sair do lugar.

TATIANE ARGENTA

terça-feira, 24 de março de 2015

se for para amar, que nos amem por inteiro

 

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A melhor parte de você já foi amada?

Acordei, outro dia, de um sonho um tanto peculiar: eu estava parada, à noite, no meio de uma rua aleatória, quando um grupo de meninas passou cantando – e em inglês – o que seria algo do tipo: ” A melhor parte de mim nunca foi amada”. Era uma música linda, e consigo me lembrar apenas dessa curiosa frase.

As melhores partes de nós já foram amadas? Tenho certeza que já se apaixonaram pela cor ou pelo formato dos teus olhos, mas já se deixaram comover pela maneira única como eles enxergam o mundo?

Já desejaram ser a respiração ofegante que sopra em teus ouvidos, mas conhecem e respeitam o dom terapêutico de escuta que eles têm?

Já te amaram pelos desejos que teus lábios provocam, mas quantos conhecem a fundo os motivos que os fazem desenhar os melhores sorrisos? Quantos te decifram pelo timbre? Quantos te elogiam pela eloqüência, ou te emprestam palavras e tranqüilidade na falta dela?

Já encontraram sensualidade e conforto nos teus ombros, mas te amam, também, pelo peso que eles já tiveram de carregar? Conhecem e respeitam as dores que, ao longo do tempo, os moldaram?

Já amaram o lindo formato das tuas pernas, mas ovacionam a tua determinação – ainda que fraquejante – para nunca ter desistido de seguir em frente? Te admiram pela coleção de trajetos que te fazem ser quem és?

Muitos valorizam o aperto e a textura das tuas mãos, mas quantos se orgulham verdadeiramente de todas as pequenas mágicas que são capazes de brotar delas? Quantos te amam pelo dom?

Muitos já fizeram teu coração acelerar, mas quantos – por conhecerem cada rachadura dele – o afagam constantemente e garantem que a vida seja bem mais que seus batimentos?

Existe beleza na presença e ausência de cada pedacinho de nós, mas, se for para amar, que nos amem por inteiro; que amem nossas melhores partes, que sempre serão aquilo que o físico pode até transbordar, mas jamais capturar totalmente.

Por Patrícia Pinheiro

sexta-feira, 13 de março de 2015

À quem quis e teve a coragem de permanecer

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Na estrada incerta da vida pessoas vêm e vão. Uns passam, outros ficam. Sim, somos caminho. Somos passos. Também passamos. Também ficamos. Dos que entram e saem todos os dias, só ficam mesmo os que reconhecem a nossa estrada como um lugar seguro. Como um lugar de base firme, onde os pés não afundam em superficialidades e os joelhos não dobram por conta do esforço utilizado para se evitar um tombo; onde as dores não são inteiras e irreversíveis, mas apenas uma consequência inevitável do percurso. Só ficam, aqueles que reconhecem a estrada como um lugar onde a certeza transita livre, sem render-se ao medo e transformar-se em seu contrário: a dúvida. Só ficam, os que reconhecem a estrada como um lugar onde existe um espaço amplo, para guardar um coração cansado, persistente, e que seja um abrigo-aconchego para os dias de chuva. Só ficam mesmo os corajosos expedicionários de alma, que percorrem sem medo os becos mais escuros e perigosos do outro. Os que desejam, por vontade ou vocação, desbravar os caminhos ocultos da alma de quem ali mora e se esconde. Só ficam, os que querem chegar ao lugar além-do-lugar-comum, onde o acesso é limitado e quase impenetrável para qualquer-um no mundo. Só ficam, os que querem chegar aonde se guarda um dos maiores tesouros de uma vida: a nossa verdade oculta. Aquela verdade essencial, que reduz incertezas pelo conteúdo que traduz. Aquela verdade que acende estrelas, que ilumina dois quarteirões de vida e vai além de um sorriso que encanta. E que ao ser revelada, aumenta o espaço de quem mora dentro do coração do outro, transformando-o em um depósito de alegrias infinitas. Porque a verdade da vida se esconde. E a nossa também.

Então, fica fácil compreender, depois de alguns passos, travessias e caminhos percorridos, que aqueles que apenas passeiam e partem do mesmo jeito silencioso que chegaram, não devem mesmo ficar. E não devem porque talvez não saibam ou não consigam ficar atrelados a uma única história. Acabam alternando entradas e saídas, como se fossem vento, como se fossem ondas. Entram, bagunçam tudo, e depois vão embora sem crise de consciência. E quem abre a porta para ver o vento passar; quem mantém suas raízes fincadas no tempo e nas estações, tem que dar conta de arrumar a bagunça depois. Sim, os que apenas passam e não olham nos olhos de quem fica, não sabem ficar porque voam livres e inconstantes, sem o desejo íntimo de permanecer. Quando são impelidos a ficar, quase morrem em vida, de tanto tédio. E deixam sempre no entre das suas tantas coisas, uma dúvida; um senão; um detalhe que machuca, dói e devasta. Quando ficam, com a sua força, arrastam os nossos caminhos também.

Por isso, hoje, sobre os que passam, eu pouco sei. E não importa o quanto. Passaram. Quero mesmo é saber mais sobre os que ficam e se importam. Sobre os que moram em mim. Com eles eu me importo. E muito. Porque depois de tanto passar, eu fiquei até me afogar nos meus próprios sonhos. Sonhei até não caber mais em sonho algum dentro de mim, e voltei. Mas voltei, não em alguma metade de um caminho qualquer. Voltei inteira, em todos aqueles que ficaram. E fiquei, não no deserto, mas no lugar onde a estrada é livre, o horizonte amplo e o sorriso o melhor abrigo-aconchego para os meus dias de chuva.

Erica Gaião...

quinta-feira, 12 de março de 2015

Trilhas Sonoras, objetos, sentimentos

 

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No primeiro passo até que tem um trauma. É difícil sair caminhando como se não tivesse existido alguma coisa ali mais forte que sustentava seus pés, e agora simplesmente não está. Respirar fica difícil e apertado. Olhar o mundo causa medo. A vontade que se sente é de andar pelas ruas sem a atenção necessária, como se a alma não estivesse no mesmo local em que o corpo está.
Os primeiros dias causam tempestades nos olhos. Dizer adeus a quem se ama é dizer adeus a um bocado de coisas que já fazem parte da pele. Um amor nunca vem sozinho, ele traz uma trilha sonora que a gente precisa esquecer para que o corpo não trema a cada vez que aquelas músicas tocarem. Ele traz outras pessoas, objetos e sentimentos que ficam embaralhando-se em nossa cabeça como cartas de um baralho infinito e perigoso.
Sonhar é impossível. Amar novamente esta fora de cogitação.
Voltar a acreditar depois de ter que separar o que parecia inseparável – não faz o menor sentido.
Quando o amor em nós se despede a vida perde toda a sua beleza, graça e cor.
Os passos seguintes são tão dolorosos quanto o primeiro, mas com o tempo e a capacidade do coração de se curar, eles ficam cada vez mais leves. As coisas boas viram doces lembranças que, com força e coragem a gente guarda numa caixinha e esconde em cima do armário para não sentir a necessidade de remexer nelas. Minha avó dizia que mexer no passado é ser injusto com a força que o presente faz para nos manter em pé. Ela sempre teve razão.
Os dias seguem com a necessidade de que a gente esqueça tudo o que nos remete à pessoa, pelo menos até que as feridas estejam cicatrizadas e seja possível lembrar sem doer. E esquecer é um esforço pessoal e intransferível, esforço que dói tanto quanto levar uma surra daquelas que nos deixa com a cara colada no chão por longas horas.
Mas a gente esquece! Tão certo quanto o Sol aparecer todas as manhãs e o mundo girar.
Esquece a pessoa, esquece o cheiro que fazia bem e o olhar que fazia mal. Esquece as palavras que antecipavam o beijo e o beijo que antecipou o adeus. A vida e a mão preciosa do tempo nos dão o prazer de esquecer e se despedaçar, até ficar com o corpo e a mente vazios. E depois de chorar e morrer infinitas vezes por dia, você percebe que a capacidade de amar novamente ainda está ali, e nota que a velocidade das horas varreu todo o azar e os tropeços da caminhada.
E percebe algo ainda melhor e mais bonito: que o amor tem a sorte de não ser esquecido, e ao final de tudo ele está sempre enfeitado com outras possibilidades de ser feliz.
Camila Heloíse...

 

 

terça-feira, 3 de março de 2015

Por favor volte mais tarde…

 

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O AMOR CHEGOU NA HORA ERRADA?!

Mas como assim, na hora errada? Há hora para amar? Não é o amor, incondicional, atemporal? Como dizer que ele veio na HORA errada? Não seria incongruente?

Para AMAR há que se estar LIVRE, ABERTO, APTO, DISPOSTO, LIBERTO, portanto, o amor pode sim, chegar na hora errada. Como assim?

Aquele amor que é a representação da sua alma, literalmente sua “alma gêmea”, ainda que a comprovação científica desta não exista, o encaixe perfeito, e não de corpos, mas de cérebros, de emoções, ele pode ocorrer no momento ERRADO. Mas como? Simples, um estava aberto, o outro fechado, um estava pronto, o outro inacabado, um estava querendo muito, o outro sequer sabia o que queria, um só tinha amor em seu peito, o outro já esquecera o que era amor.

E nesse momento nos deparamos com as histórias de amor mais tristes que existem; aquelas que tinham tudo para dar certo, TUDO, mas simplesmente, não existiram, não existiram porque o Amor veio na hora errada. O amor chegou com a pessoa certa, na hora errada, talvez no pior momento da vida do outro, no único momento em que não poderia ter chegado, e aí aconteceu o que não era para acontecer, NÃO HOUVE AMOR.

O Amor chegou lindo, enorme, livre querendo embalar, abraçar, envolver, mas não tinha o que fazer. E por mais que o amor se esforçasse, por mais que o amor tentasse, tudo era em vão, porque o outro não tinha como correspondê-lo, ele não conseguia, simplesmente não alcançava.

O Amor chegou querendo iluminar a vida, dar tom, dar cor, dar sentido, dar alegria, mas não havia nada que fizesse, porque o outro não retribuía. O outro ainda fez uma pequena tentativa, mas sua incapacidade era maior do que ele mesmo; sua impossibilidade de doar, de compartilhar, de entregar, de se abrir, de amar era ínfima, e ele não conseguiu. Mas não era a viagem dos sonhos? Pode um amor acabar numa lua de mel? Sim!!!

E assim o outro disse adeus ao amor, tudo porque ele chegou na hora errada.

Quantas vezes o Amor já chegou na hora errada em nossas vidas? Se chegou foi porque não estávamos preparados para amar. Quem sofre com a dor do amor perdido? Quem ama ou o objeto do amor? Quem ama nunca sofre, pois o amor não é sofredor, o amor é libertador, o amor é o mais sublime e puro dos sentimentos, ele dignifica o homem, engrandece o homem; quem ama eleva a alma, não sofre. Sofredor é o objeto do amor incapacitado de receber tanto afeto, dedicação, carinho e doação; sofredor na alma, no coração, na carne. Sofredor por não estar livre para receber tantas emoções singelas, belas, genuínas, em troca de nada, mas por simples AMOR. Sofredor é o objeto amado, incapacitado, mutilado em suas emoções, este sim, digno de toda pena.

O Amor chegou na hora errada? Que pena...Faça um trato com ele, peça-o para esperar um pouco mais, afinal, você e ele estão em paz, você e ele estão bem. Faça um trato com ele, peça a ele para dar "um tempo", quem sabe numa "outra hora", ele chega na "hora certa", afinal, para você, "AMAR não tem hora", não é mesmo??

CARLA GAMEIRO DIAS

domingo, 1 de março de 2015

Que assim seja, até quando não for mais pra ser

 

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Olha, já faz algumas semanas que as coisas estão bem complicadas por aqui. Não é por nada não, na verdade é por tudo. Por toda essa saudade, por todos os questionamentos e por todos os por quês que tem dançado dia e noite na minha mente buscando por respostas que não chegam, por chamadas que não acontecem ou por um despertar na ilusória esperança de isso tudo não passar de um longo e torturante sonho. Meu coração parece que foi amassado de uma maneira tão forte que, agora em estado amarrotado, tem doído de modo que chega a ser uma surpresa o fato de que eu esteja conseguido suportar.

Hoje, estou tendo que conviver com sua ausência em todos os aspectos atormentando os meus dias e me fazendo abraçar a saudade como a única maneira possível de tê-lo por perto: através das lembranças.

Quando vou dormir, lembro-me dos seus “boa noites” verbalizados por aquela voz que já imprimia todo o cansaço do dia, seguido por um “eu te amo” que me fazia sorrir enquanto respondia que também o amava. Quando acordo, lembro-me de quando amanhecíamos juntos debaixo do mesmo cobertor nos finais de semana aqui em casa.  E assim, uma lembrança vai ativando outra, outra e mais outra e quando me dou conta, dentro da escuridão das minhas pálpebras, encontro-me presa em seu cheiro, guardada em seu abraço, hipnotizada no seu olhar vago ou tentando ouvir no silêncio da minha caverna o som da sua risada. Ultimamente eu tenho sido feita de lembranças de momentos que fazem doer.

E sinceramente? Quem me vier dizendo que isso logo vai passar, eu vou dizer que não quero que passe. É isso mesmo. Dessa vez não. Não agora. Porque eu sempre tive o desejo de encontrar a pessoa certa e escrever um para sempre que existisse de verdade. Mas para que isso um dia aconteça, eu também preciso ser de verdade. Então chega de acelerar meus sofrimentos e me dar uma falsa garantia de que de fato “superei” tudo. De que estou feliz e/ou melhor, sem. Chega de fazer tipo ou de forçar a barra para limpar as marcas que o ultimo relacionamento me causou, porque a verdade é que ainda está tudo emperrado e eu estou com a garganta cheia de nó. Acho que depois dessa, finalmente conclui que sofrer também é importante.

Agora eu quero sentir. Sentir mesmo, de verdade e com força. Vou chorar tudo o que tiver de chorar. Vou lembrar-me de tudo o que tiver de lembrar. Darei espaço para abrigar e sentir toda a saudade que couber dentro de mim e vou sofrer até o momento em que não houver mais o que querer de volta. É verdade que tudo passa, mas é verdade também que a gente adora fazer as coisas andarem mais depressa do que elas realmente devem, e talvez seja aí que esteja o grande erro. Então se vai passar, que passe no momento certo. Porque deixar para lá pessoas, sentimentos e histórias que por tanto tempo adocicaram o nosso coração nem sempre é simples e fácil como parece ser quando alguém chega e nos diz: “Ah, deixa pra lá! Vai ser melhor assim.” Às vezes a gente precisa é sentir na pele mesmo.

Portanto, agora eu vou ficar aqui, quietinha no meu canto, sem causar espantos, e lidando com os sussurros dos meus prantos. Se sentir a falta dele é a única maneira que eu tenho para de fato senti-lo, que assim seja até quando não for mais para ser.

Wesley Néry

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Ainda

 

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Ela sente sua falta sim. Mas nada que não consiga aprender a conviver com isso. Ela ainda pensa em como você a protegia, ainda sente falta da segurança que você passava, das risadas que você conseguia tirar dela e dos sentimentos mais sinceros que sentia ao te ver. Ela ainda sente falta de quando você tinha tempo pra ela, quando largava do trabalho e enfrentava o trânsito só pra vê-la um pouco. Ela ainda sente falta de quando você convidava pra sair e de quando você proporcionava os melhores momentos.  Às vezes ela questiona sobre amor. Ela sente falta de ouvir tua voz, de olhar o teu sorriso nascendo e se pondo pra ela. Ela sente falta das tuas birras, da tua memória que sempre foi melhor que a dela. Ela lembra de cada conversa. Os abraços, as bobagens e os ciúmes. Ela sente falta de receber você sem tanta espera, de te ter nos braços sem tanto sacrifício, de sorrir com você sem tanto esforço. Ela sente falta de ir deitar e ter a certeza de que logo cedo você ligaria. Ela sente falta de se sentir a pessoa mais importante pra você, de te dar bom dia. Você pode ser aquele cara que deu a ela o céu, as estrelas e todas as constelações que possa imaginar, mas também deixou um grande vazio.

Ela nunca gostou de dizer pra onde ia, mas te ligava só pra você não ficar preocupado. Ela ouvia músicas e lembrava de você. Lembrava dos momentos que passou ao teu lado, sorria, chorava. Ela acordava disposta pra te ver, ou ao menos, falar com você. Ela só conseguia dormir bem ao ver você bem também.

Ela anda tentando fazer a parte dela.

 

(IANDÊ ALBUQUERQUE)

Uma porção de questionamentos!!!

 

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Das coisas mais impressionantes e marcantes da vida, com certeza algumas delas são os baques e momentos difíceis pelos os quais, inevitavelmente, temos que passar no processo de subir os degraus ou amadurecer. Mas e aí, temos que nos ligar sempre em exercer o correto? Nos policiar se estamos agindo de modo verdadeiro? Como ouvi outro dia: “O destino é só um palpite”. Talvez nós estejamos apenas em busca de algo que muita das vezes não sabemos o que é.


Tudo bem, nos habituamos e crescemos num molde e padrão de correr atrás dos nossos sonhos e ser, de fato, uma pessoa bem sucedida na vida. Sempre, eu disse, sempre, buscamos alguém em que nos espelhar, seja nos nossos pais, estrelas do rock, aquele amigo sábio, com quem estamos nos relacionando ou aquele personagem do filme que você tanto gosta. Mas será que o caminho é bem por aí mesmo? Quando questiono isto, eu quero chamar atenção pra algo que está dentro de mim que redige este texto e pra você que está lendo na tela do seu computador, notebook, smartphone ou tablet: Você tem total controle das coisas que você vive? Sim, seus pais, amigos, caso, paquera, ex-namorado (a), chefe, colega de trabalho, professor da faculdade, etc?!

Isto acima nos remete a ter tudo em uma aparente ordem, mas lembre-se: Desordem, também, se faz necessária na nossa vida. Controlar sentimentos, metas pra alcançarmos aquele sonho e tentar controlar a vida é algo bem complexo e ao mesmo tempo difícil. Somos cercados de pessoas pelas as quais nos relacionamos, e elas, assim como nós, têm seu mundo caótico particular. Parece loucura né, talvez.

Outro dia sentado numa churrascaria com alguns amigos levantamos uma conversa sobre como as coisas acontecem na nossa vida, quão loucas elas são e mais sábios ficamos com o aprendizado em que estamos submetidos. São situações, desafios e lições pelos quais valem à pena e mostram o sentido e o porquê estamos aqui, somos exploradores.

Exploradores sedentos por saber e querer sempre mais, numa fome de conhecimento e experiências. As pessoas sensatas fazem valer a pena cada momento pelo qual estão vivendo, tentam de tudo, buscam, caem, brigam, choram, sorriem e por aí vai, sabe por quê? Porque lá na frente ela vai saber exatamente lidar com aquilo pelo qual passou e com certeza um aprendizado se fez presente ali. Em outras palavras, evoluímos.

Por que somos tão escravizados pelo medo? Pelo novo? Pela mudança? Não é porque algo saiu da normalidade e não é mais a mesma coisa que o tudo acabou, pelo contrário, talvez algo novo tenha iniciado-se. Tudo tem um começo, meio e... fim? Isso é assunto pra outro texto.

Por fim, quero dizer que temos que encarar a vida como ela é, perceber que muita gente existe e poucas, bem poucas mesmo, vivem de fato. Somos mutáveis, adaptáveis, inquietos, curiosos e de eterna contradição (o que não deixa as relações não menos interessantes). Viver é isso: Não é arquitetar e controlar as coisas, é se equilibrar numa linha tênue de sentimentos e emoções inconstantes, em que não queremos o sentido da vida, queremos viver experiências.

(JONAS SAKAMOTO)

Parede de Histórias

 

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O tempo incerto é a única certeza que nós temos. Portanto, o que quer que tenha que fazer, faça hoje. Perdoe, recupere, abrace, peça perdão, ajude, jogue fora o que não serve, restaure afetos perdidos. Escreva uma história bonita nas paredes da realidade, hoje. Sabe por quê? Porque amanhã poderá ser tarde demais para começar a viver.

(ERICA GAIÃO)

Apenas viver

 

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Às vezes, a gente tem que se livrar um pouco das preocupações, dos problemas, do que podia ter sido, ou de planejar tanto o futuro. E se concentrar mais no hoje, no que nos traz paz, nos arranca sorrisos e suspiros, em quem nos quer bem e se importa conosco. Dar mais valor aos momentos que a alma grita de felicidade e pensar naquilo que nos atormenta, depois, ou nem pensar. Apenas viver, desfrutar das alegrias, dos sentimentos raros e das pessoas lindas. Pegar mais leve com a gente. E deixar que Deus resolva todo o resto. Vamos tentar viver o presente e tirar um pouco o mundo das costas. Ser livre pra sonhar e se jogar mais naqueles motivos que te fazem feliz. -

(Sabrina Braga)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

só quem amou entende de saudade...

 

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Saudade não é só lembrar; é carregar despedidas também. Despedida da vida que se desenrola no presente ou que insiste em se demorar dentro da gente. Saudade da vida que não se concretizou mas permanece criando raízes em nossa mente.  Despedida do frio na barriga, coração acelerado e surpresa de mãos dadas; do namoro que deu certo, da paixão que deu errado. Do amor que pediu casa, do afeto que criou asas. Saudade do que ocorreu, do que deixou de existir, do que a gente quis e o tempo não consentiu. Saudade de perceber que tudo se transforma num piscar de olhos; e por isso querer agarrar os instantes com precisão, desejando que os vapores do tempo não arrastem pra longe aquilo que não nasceu para ser saudade.
Através dos sonhos localizamos nossas saudades. Os que deram certo e os que não se concretizaram. Os que imaginamos como verdade ou grandes demais para caberem em nossa simplicidade. Sonhos de ir, sonhos de ficar. Saudade dos planos que imaginamos como certo, da vida boa que existia bem de perto.
Temos saudade do que a mente sonhou e a vida deixou partir. Do que é lembrado com ternura, e permanece existindo como um refúgio invisível dentro de nós. Do que não resistiu como memória palpável, mas jamais deixará de fazer falta. Do que fomos, do que queríamos ser, da parte de nós que teve que ser deixada para trás.
A gente vive e não sabe do que vai ter saudade. Porque saudade não avisa que o presente vai virar lembrança, e poucas vezes distingue o estável do passageiro. Algumas coisas o tempo leva sem piedade, e a gente antecipa a saudade do que não permanecerá. Talvez seja isso que vem dar sabor_ a noção de que passará _ como a própria vida que chega e sabemos que findará.

As impossibilidades que todos nós enfrentamos diariamente, em batalhas dentro ou fora de nós. A saudade é só uma delas. Porém, mesmo denunciando a falta, mesmo doendo, tem um quê de poesia e beleza.
A beleza que se revela no simples fato de que só quem amou entende de saudade...

FABÍOLA SIMÕES

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Tombos e falhas

 

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A culpa é a pedra no caminho, o maior empecilho pra ir além do que já somos.
Nos prendemos aos erros, ao que poderia ter sido e não foi e passamos uma vida nos torturando por atitudes impensadas que resultaram em situações difíceis.
Nos convencer de que o passado é imutável e que tirar dele o aprendizado do que não devemos repetir é saudável, mas fazer disso um peso que nos impede de seguir em frente é extremamente destrutivo.
Não dá pra fazer escolhas maduras quando somos guiados pela mágoa do que não deu certo.
Não dá pra saber o que seríamos hoje se tivéssemos pensando diferente ‘ontem’.
Somos resultado também dos nossos tombos e falhas. Somos a soma de acertos e erros. Somos imperfeitos e demasiadamente humanos e por isso os erros nem sempre serão evitáveis.
Tirar deles o melhor de nós e seguir em frente sem culpa, nos perdoando e nos aceitando com toda a fragilidade e dificuldade é o melhor caminho pra atingir a maturidade e seguir em paz.

Karla Tabalipa

Pinte, borde, brinque, VIVA

 

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"Vai, moça, aproveite a sua vida! Pinte e borde, brinque com seu sorriso, deixa o vento balançar seu cabelo. Feche os olhos, sinta a brisa, agradeça e permita-se ser feliz, todos os dias.

Vai que a vida não espera a gente criar coragem de seguir em frente. Se desprende do que foi e aprende a comemorar o que ainda está por vir.

Olha pro céu, enche o peito e agradeça tudo que Deus te manda de bom grado.

Confia e na leveza das tuas palavras, faz a vida uma jornada magnífica de se ter."

Sabrina Braga e Vanessa Haas

Com a simples intenção de enfeitar nossa alma

 

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Tem gente que tem o dom de ser anjo. E em um simples abraço, espanta todos os medos que temos em nosso coraçao.
Tem gente que quando sorri, ilumina nossos pensamentos, e afugenta a insegurança que, por ventura, se esconde entre um sorriso e outro.
Tem gente, que segura a nossa mao tao firme, que nao há espaços para agarrarmos qualquer problema, entao a gente faz um embrulho com nossas dúvidas e entregamos pra Deus cuidar.
Tem gente, que sabe amar sem pedir nada em troca, amar com a simples intençao de enfeitar a alma da gente de alegrias.
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[Paulinha Leite]