segunda-feira, 24 de agosto de 2015

COLOCANDO PONTOS FINAIS....



       
O aconteceria se na primeira crise que você teve sobre a grande mudança na sua carreira profissional, eu tivesse aberto mão de nós dois?
A primeira resposta que me ocorre é que eu tinha tanto medo de te perder e acabei perdendo algo muito mais importante... EU MESMA.
Você se mostrava tão inseguro que por amor eu te dei a minha segurança. Veja só, eu que sempre me orgulhei de ser segura, confiante e independente estava ali, entregando tudo isso de bandeja pra tentar te segurar e te manter junto de mim.
A segurança que eu tentei te dar se perdeu... você não soube usá-la e eu? Bom eu não consegui pegá-la de volta. A partir daí vivi momentos dolorosos e todas as vezes que tentei te mostrar você parecia prestes a sair correndo o que para mim significava uma dor mil vezes maior, e eu decidi parar de te mostrar.
Será que olhando para essa época você consegue perceber o quanto nos perdemos um do outro? O quanto os momentos épicos, mágicos e que sempre foram nossa marca registrada se tornaram cada vez mais raros?
Não, eu também não conseguia ver isso com essa nitidez lá trás. O pouco que eu via ficava ofuscado pelo amor e a obsessão de ter você pra mim.
Hoje eu acredito que deste ponto em diante começamos a construir nosso fim. Um fim que poderia ter sido como a redução gradativa de um medicamento que ilusoriamente nos mantem vivos. Sim, essa redução leva um tempo, tempo esse que tivemos e não soubemos aproveitar.
O fim chegou, adiado por nosso medo de abrir mão do amor, de uma linda história de amor. E não é que você tentou (eu acredito que inconscientemente) usar a tática da redução da medicação, mas aí o tempo já não foi suficiente e tivemos uma bela crise de abstinência e aqui preciso confessar que a minha durou um tanto mais que a sua!!! Mas PASSOU.
E então posso finalmente te dizer que um fim forçado dói pra caramba, mas também pode ser libertador!!!!


 JULIA FERRARI S.

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