Logo eu que gosto tanto das palavras, não sou muito admiradora das teorias. Isso porque descobri que o melhor da vida não tem explicação mesmo. Eu prefiro a prática, a ação, o verbo no infinitivo - embora goste mais de mim quando sou gerúndio. Eu preciso estar sendo, vivendo, querendo, realizando, sonhando, amando. Eu preciso acontecer. Eu tenho uma sede insaciável do sentir. Sinto minhas palavras esmagadas nas entrelinhas da vida. Sinto muito. Sinto muito. Tenho percebido a emoção desagasalhada. É preciso amor para aquecer um coração, fazer ferver a essência e agitar violentamente os sentidos. E eu preciso de sentimentos para adoçar a vida. Eu preciso de uma flor de amor-perfeito para enfeitar o coração (num vaso solitário). Amor para mim é necessidade. Amar é a ação que coloca a minha alma em movimento. É o que me faz ser o que sou. É item de sobrevivência. Exagero? Levo sempre na bolsa. Também não fico sem.
(Gabriela Castro)
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