segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Do que não ficava pra sempre

 

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Era uma vez, mas eu me lembro como se fosse agora.
Eu queria ser trapezista, minha paixão era o trapézio.
Me atirava do alto na certeza que alguém segurava-me as mãos não me deixando cair.
Era lindo , mas eu morria de medo , tinha medo de tudo quase: Cinema, parque de diversão, de circo, ciganos, aquela gente encantada que chegava e seguia.
Era disso que eu tinha medo.
Do que não ficava para sempre.
(Texto de Antônio Bivar, extraído do disco Drama 3°Ato/1973 de Maria Bethânia)

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