É muito difícil encontrar o caminho que parece ser o certo.
As coisas vão acontecendo, as ocasiões se apresentando, e como dizem os gaúchos, é preciso estar atento para montar o cavalo quando ele passar. Ele sempre passa, e é só você olhar para trás e lembrar de tudo que já aconteceu em sua vida para reconhecer que talvez o cavalo tenha passado várias vezes – só você que não viu.
Na vida pessoal/afetiva é a mesma coisa. Quantas vezes não aconteceu de aparecer alguém com quem você poderia ter vivido uma bela história que poderia ter durado muitos e muitos anos, mas que não foi nem considerado na época, porque seu coração batia mais forte quando o outro chegava – ou não; e nem é preciso dizer que foi ele que te largou – é claro.
Ah, se na hora a gente soubesse que é preciso fazer de tudo e não perder nenhuma oportunidade, seja em que campo for, para não chorar no futuro pelo que não fez e pelas chances que não chegou a ter, pela pior das cegueiras: a cegueira mental.
É maravilhoso saber o que se quer e trabalhar com perseverança para chegar lá, mas a vida não para de passar; espere a hora de sua grande chance chegar – talvez –, mas enquanto ela não chega, faça coisas, qualquer coisa, mas faça.
No meio do caminho tudo pode acontecer até mesmo descobrir sua verdadeira vocação.
De descoberta em descoberta a vida vai passando e o perigo é um dia acontecer o que você mais queria: encontrar seu verdadeiro caminho.
Se isso acontecer, você vai abrir mão de todas as outras possibilidades – o que é sempre uma pena.
(Danuza Leão – crônica Um caminho – livro Danuza e sua visão de mundo SEM JUÍZO)
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