Tenho andado tão feliz que me parece um pecado traduzir em palavras o que estou sentindo. É como se a vida me pedisse: "viva e não pare para entender ou dar explicações".
Talvez seja porque a felicidade é efêmera. Quando nos damos conta ela já está de saída. Então, estou aqui - vivendo o que há para viver, aproveitando e agradecendo cada minuto.
Eu estou andando sobre nuvens e é tão macio por lá que até me esqueço que estou descalça. Ando rindo à toa, sem ter nada para dizer e muita coisa para sentir. É quase um êxtase consciente, um presente de Deus para compensar a rotina de ser.
Eu prefiro não dar nomes, mas suspeito que essa felicidade mansa seja amor. Vou deixar ela ficar o tempo que quiser e tentar não raciocinar, porque sempre dá um medo sabe? Toda essa entrega...
Mas agora, vou ali fechar os olhos, tirar o pé do chão, abrir os braços e saltar. É tão raro a vida fazer esse convite... quem sou eu para recusar. Aceito e voo.
Sabrina Davanzo
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